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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Venezuela gastronómica

A gastronomia venezuelana é uma expressão da fusao das raízes indígenas, europeias e até africanas, que deu origem a uma cultura culinária autóctone, com características próprias, rica em aromas e sabores.
Como nação de gado, a cozinha da Venezuela está baseada na abundância de pratos com carnes e também sobressai o uso da farinha de trigo, o milho, os tubérculos e os condimentos, que derivam em pratos extraordinários. 
Os mais representativos na Venezuela são arepas, cachapas, Pabellón Criollo, hallaca, tequeños e empanadas.

Navideño: 
hallaca, salada de frango, 
peru recheado com molho de cereja e porco reheado com ricota e espinafre

Criollo é considerado o prato nacional e foi muito consumido pela classe alta durante todo o período colonial. Está integrado por arroz, feijão preto e carne e pode ser servido com bananas maduras fritas, o qual lhe dá um gosto singular. 
A hallaca, é um prato representativo do Natal venezuelano e embora tenha muitas variantes, o guisado é praticamente o mesmo, com milho, carne de vitela, galinha, azeite, cebola, alho francês, cebolinha, alcaparreira, pimentão vermelho, pimenta doce, produtos em conserva de mostarda, vinagre e sal. Esta massa é introduzida nas folhas de banana, para depois se cozer ao vapor.
Segundo alguns especialistas, o vocábulo hallaca provém do guarani e deriva da palavra 'ayúa' ou 'ayuar', que significa misturar, embora para outros provenha de uma língua aborígene do ocidente do país, cujo significado é envoltório. Para muito, foi criada pelos escravos negros que trabalhavam nas cozinhas das famílias brancas, ao utilizar a massa de milho dos índios e os guisados que sobravam dos amos.
No Natal também se consome o Pão de Presunto, recheado de presunto, azeitonas e passas. 
Os fervidos ou 'sancochos' são uma sopas com um grande conteúdo de ingredientes como tubérculos, legumes e carnes, acompanhadas de temperos e são servidos como preâmbulo do prato forte.
Cada região venezuelana possui comidas características, sinal de costumes e expressões autóctones, enraizadas profundamente.
No estado de Táchira, um desses pratos é a Pisca Andina, sopa composta por batata, leite, água, cebola e queijo, que é degustada no pequeno almoço. 
Aliás, consome-se a Almojabana, sopa feita com uma base de queijo e amido; na Venezuela só se conhece na Mérida, mas a sua origem remete-nos à cozinha árabe.
No Estado de Barinas prepara-se o Entreverado Llanero, um prato feito com as vísceras dos bois (fígado, coração, bofe), que são envolvidas com a pele que cobre as costelas e assado na brasa.
Do mesmo modo, nos chão se consome o Pisillo, preparação de carne fibrosa, geralmente de boi, que depois de cozinhada divide-se em fios muito finos,  tempera-se com cebola, alho, pimenta, cominho e sal e frita-se até estar completamente seca.
Os pratos típicos de Lara são a Acema Tocuyana, o Mute de Chivo, o queijo de bola, o Tacarí de Bode, as Catalinas, as Paledonias, as Roscas e Pão de Forno. 
Entre os doces que se degustam na Venezuela destacam os buñuelos e o quesillo que se afirma é uma versão do flã, embora o primeiro leve ovos inteiros e o flã só a gema.
A gastronomia deste país sul-americano é um reflexo dos costumes da população venezuelana, um híbrido de povos e tradições que criou uma cultura culinária própria.


Hallaca
tequeño









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