A minha Lista de blogues
domingo, 28 de novembro de 2010
Cantinhos do Maute :)
terça-feira, 23 de novembro de 2010
domingo, 21 de novembro de 2010
Fomos ao Moulin Rouge
É um bar de música ao vivo em Caracas onde tocam bandas emergentes da cena rock caraquenha. Eu fui com o meu irmão:) bebemos um copo ou dois e ouvimos rock castellano.
Pepinos
Estes pepinos são comidos recheados. Por dentro são ocos, faz-se um pequeno corte no inicio e no fim do pepino e recheia-se com frango, porco, vaca, mozarela ou com o que se queira:)
Chacao e o seu mercado
Quem me conhece sabe que sou uma amante nata de mercados. Adoro os cheiros, falar com as gentes, descobrir os produtos... Visitar um mercado é descobrir um pouco o país. Ao visita-lo apercebemo-nos de como se relacionam as pessoas, observamos como comunicam. Num mercado encontramos gentes de paises diferentes, descobrimos mundos dentro de um mundo e essa descoberta é tão bonita. Aqui podemos comprar frutas, pão, produtos de mercearia, legumes, produtos medicinais, roupas, flores, produtos artesanais...
Fui ao mercado com a minha cunhada Dina, compramos frutas, legumes, polén, flores.
Ao lado do mercado municipal de Chacao existe outro, mais antigo, com menos produtos e menos condicões para os comerciantes. Se ainda tem as portas abertas é porque os seus comerciantes insistem em não mudar de sitio. Viveram e trabalharam ali durante decadas...
terça-feira, 16 de novembro de 2010
:) Arepita mami
Nada de pizzas, hambúrgueres e cachorros-quentes em Caracas. A fast food preferida dos venezuelanos é a arepa, um tipo de pão de farinha de milho, assado, em formato circular e achatado. É um lanche substancioso: cada uma tem de 10 a 20 cm de diâmetro e pode ser recheada com o que você quiser.
grelhadas |
Rosita |
Em Caracas há muitas roulotes que servem deliciosas arepas. Se for à noite, saiba que estarão lotadas. Como é uma comida querida e barata, o sucesso é garantido!
O cardápio é vasto. A massa pode levar pimenta ou não:). Quanto aos recheios há de tudo: salgados - queijo, presunto, frango, berinjela etc - e alguns doces. Podem ser servidas como acompanhamento ou prato principal em jantares, mas o consumo mais comum mesmo é como comida rápida: fechada, como um sanduíche, ou aberta, como pizza. Também pode ser saboreada no pequeno almoco, quentinha, com a manteiga a derreter por cima...
A arepa é uma receita dos timoto-cuicas, índios nativos do Norte dos Andes, que viviam principalmente na área de Caracas. Mas é uma comida, também, tradicional na Colômbia, onde os modos de preparo variam de acordo com a região.
Apesar de a origem da massa de milho ser conhecida, não há consenso sobre sua etimologia. Alguns estudiosos acham que a palavra arepa derive de "erepa", termo que os índios cumanagotos usavam para se referir ao milho. Mas há também os que acreditam que venha de “aripo”, uma placa de barro na qual os nativos coziam o milho.É o sustento de numerosas famílias venezuelanas, as arepas, atribuídas aos indígenas, são feitas com milho e sua cor varia em dependência do grão utilizado.
Este prato vai acompanhado de manteiga e é costume comê-lo recheado com diferentes produtos, entre eles presunto, queijo, atum, frango, salsichas, feijão ou ovos. Por isso assume vários nomes, devido á sua variedade tais como Reina Pepeada, a Dominó e a de Queijo Amarelo.
As arepas são elaboradas de várias maneiras, dependendo do território de origem: delgadas na região andina, mais grossas na central e grandes na zona oriental. Da mesma massa que se obtém a arepa fazem-se as empanadas, que também se recheiam com carnes, presunto e outros produtos.
Boas arepas a todos! :)
Boas arepas a todos! :)
Venezuela gastronómica
A gastronomia venezuelana é uma expressão da fusao das raízes indígenas, europeias e até africanas, que deu origem a uma cultura culinária autóctone, com características próprias, rica em aromas e sabores.
Como nação de gado, a cozinha da Venezuela está baseada na abundância de pratos com carnes e também sobressai o uso da farinha de trigo, o milho, os tubérculos e os condimentos, que derivam em pratos extraordinários.
Os mais representativos na Venezuela são arepas, cachapas, Pabellón Criollo, hallaca, tequeños e empanadas.
Navideño: hallaca, salada de frango, peru recheado com molho de cereja e porco reheado com ricota e espinafre |
Criollo é considerado o prato nacional e foi muito consumido pela classe alta durante todo o período colonial. Está integrado por arroz, feijão preto e carne e pode ser servido com bananas maduras fritas, o qual lhe dá um gosto singular.
A hallaca, é um prato representativo do Natal venezuelano e embora tenha muitas variantes, o guisado é praticamente o mesmo, com milho, carne de vitela, galinha, azeite, cebola, alho francês, cebolinha, alcaparreira, pimentão vermelho, pimenta doce, produtos em conserva de mostarda, vinagre e sal. Esta massa é introduzida nas folhas de banana, para depois se cozer ao vapor.Segundo alguns especialistas, o vocábulo hallaca provém do guarani e deriva da palavra 'ayúa' ou 'ayuar', que significa misturar, embora para outros provenha de uma língua aborígene do ocidente do país, cujo significado é envoltório. Para muito, foi criada pelos escravos negros que trabalhavam nas cozinhas das famílias brancas, ao utilizar a massa de milho dos índios e os guisados que sobravam dos amos.
No Natal também se consome o Pão de Presunto, recheado de presunto, azeitonas e passas.
Os fervidos ou 'sancochos' são uma sopas com um grande conteúdo de ingredientes como tubérculos, legumes e carnes, acompanhadas de temperos e são servidos como preâmbulo do prato forte.
Cada região venezuelana possui comidas características, sinal de costumes e expressões autóctones, enraizadas profundamente.
No estado de Táchira, um desses pratos é a Pisca Andina, sopa composta por batata, leite, água, cebola e queijo, que é degustada no pequeno almoço.
Aliás, consome-se a Almojabana, sopa feita com uma base de queijo e amido; na Venezuela só se conhece na Mérida, mas a sua origem remete-nos à cozinha árabe.
No Estado de Barinas prepara-se o Entreverado Llanero, um prato feito com as vísceras dos bois (fígado, coração, bofe), que são envolvidas com a pele que cobre as costelas e assado na brasa.
Do mesmo modo, nos chão se consome o Pisillo, preparação de carne fibrosa, geralmente de boi, que depois de cozinhada divide-se em fios muito finos, tempera-se com cebola, alho, pimenta, cominho e sal e frita-se até estar completamente seca.
Os pratos típicos de Lara são a Acema Tocuyana, o Mute de Chivo, o queijo de bola, o Tacarí de Bode, as Catalinas, as Paledonias, as Roscas e Pão de Forno.
Entre os doces que se degustam na Venezuela destacam os buñuelos e o quesillo que se afirma é uma versão do flã, embora o primeiro leve ovos inteiros e o flã só a gema.
Entre os doces que se degustam na Venezuela destacam os buñuelos e o quesillo que se afirma é uma versão do flã, embora o primeiro leve ovos inteiros e o flã só a gema.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
sábado, 13 de novembro de 2010
El fuego eterno - A la Parrilla sabe mejor
Para o entendido das brasas, o conhecedor dos carvões, uma parrilla inflama uma fogueira divina.
E porque hoje apetece-me contar uma história dentro de contexto aqui vai:
reza a lenda que Prometeo roubou o fogo aos deuses, e apesar do perigo que recaia sobre ele, entregou o fogo ao Homem. Zeus, louco de raiva, inflingiu-lhe o Titan e condenou-o a uma vida imortal de sofrimento. Posto isto, Efesto atou Prometeo, com as correntes inquebráveis que construìra, para que uma águia enviada do Supremo Olimpo lhe come-se as entranhas, as vísceras, as tripas enquanto o sol lhe queimava a pele. Prometeo, na sua condição imortal curava-se durante a noite para que durante o dia padece-se de um novo, e igual, sofrimento.
Desde então, até os dias de hoje o Homem aprendeu a dominar o fogo, descobriu a suavidade e o gosto da carne assada. Prometeo deu a possibilidade de homens e mulheres se reunirem em torno do fogo para festejarem a arte do encontro.
Gordon Child no seu livro "A Revolução do neolitico" escreveu que nesse período histórico "as mulheres são da casa, os homens da caça." Nesta época os jovens e benjamins ocupavam-se de alegrar a festa dancando rituais, perpetuando as tradicções e apreendendo os seus códigos. O primógenito, macho dominante, caçador, corta, serve a carne e decide quem deve devorar a melhor peça. É o seu orgulho, é a sus hegemonia.
Para fazer uma boa Parrilla è preciso ter em conta a história do fogo. É preciso fogo, carne, carvão, chouriços, família e amigos. Para que se dedique à família a dádiva de partilhar uma mesa, uma conversa, muitos sorrisos e ter o prazer de ver toda a magia do encontro acontecer. Quando estou com a minha família à mesa numa boa conversa, a partilhar uma refeição tudo se ilumina, os problemas tornam-se mais pequenos e pensamos: "Que bom poder estar aqui!".
Penso que o êxito de uma Parrilla não reside na guasacaca (molho que a acompanha) ou na yuca - apesar de serem importantes-, se não em tudo o que está à volta dela. Por isso tenho dito que a cozinha é um lugar de encontro e união numa festa. Sim! Perto, muito perto do calor do fogão.
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